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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cientistas acham meteorito rastreado antes de cair na Terra


Ano passado Cientistas americanos recolheram, pela primeira vez, destroços de um meteorito que havia sido detectado antes de cair na Terra, segundo um estudo publicado na revista científica Nature. Cerca de 50 fragmentos do asteróide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia, no Sudão, onde caíram em outubro do ano passado.

Cientistas acreditam que a descoberta oferece uma oportunidade única de analisar a rota do asteróide e seus componentes. O meteorito do tamanho de um carro foi detectado por astrônomos da Universidade Estadual do Arizona em outubro do ano passado.

O corpo celeste foi acompanhado por telescópios em volta da Terra até se desintegrar na atmosfera terrestre acima do Sudão. Peter Jenniskens, autor do estudo e cientista no Seti Institute of Califórnia, viajou ao Sudão com uma equipe de pesquisadores para tentar localizar o que havia sobrado do asteróide.

Após uma extensa pesquisa de campo, os pesquisadores localizaram 47 fragmentos do meteorito que juntos pesavam pouco mais de três quilos. "Este asteróide era feito de um material frágil que o fez se desintegrar a 37 km de altura antes de ter sua velocidade reduzida significativamente", disse Jenniskens.

"É um tipo de meteorito diferente dos que integram nossa coleção". O co-autor do estudo, Douglas Rumble, do Carnegie Institution, disse que muitos meteoritos já haviam sido traçados antes de explodir ao entrar na atmosfera terrestre. "Isto vem acontecendo durante anos", disse ele. "Mas ver o objeto antes de entrar na Terra e depois segui-lo é algo único".

Quando meteoritos que caem na Terra são estudados, os pesquisadores raramente têm informações sobre de onde vieram ou de que tipo são. Após comparar informações sobre o asteroide e comparar com os fragmentos encontrados no Sudão, os astrônomos concluíram que o 2008 TC 3 era relativamente jovem, tendo existido por poucos milhões de anos antes de entrar na órbita terrestre.

Fonte;BBC Brasil

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Evento de Tunguska


Tunguska é uma região da Sibéria Central onde, às 7h15 da manhã de 30 de junho de 1908, houve uma gigantesca explosão após uma bola de fogo ser vista atravessando o céu. Não foram encontrados vestígios de meteorito, mas uma onda de impacto devastou toda a região do lago Baikal, afetando em menor grau todo o norte da Europa. Este evento recebeu o nome desta região, evento de Tunguska.
Ao cruzar o céu e em seguida tocar o horizonte (segundo testemunhas), uma bola de fogo gerou uma enorme explosão. Foram destruídos aproximadamente 2 000 quilômetros quadrados de florestas em redor do local do suposto impacto.
Consta que a onda de choque causada pela explosão se propagou pela atmosfera e circundou o planeta Terra por duas vezes.
Durante dois dias, em Londres, a cerca de dez mil quilômetros de distância do evento, se podia ler jornal à noite, graças à luminosidade remanescente, devida à quantidade de poeira finíssima dispersa na atmosfera terrestre.
O governo dos czares da Rússia não podia ser incomodado para investigar um evento tão trivial que, afinal, tinha ocorrido muito longe, entre os tunguses, povo atrasado da Sibéria. Passaram-se dez anos após a Revolução até que uma expedição chegou para examinar o solo e testemunhar os indícios. Estes são alguns dos relatos que trouxeram:

Cedo pela manhã, enquanto todos dormiam, as tendas, explodiram no ar junto com seus ocupantes. Quando caíram de volta na Terra, a família inteira sofreu leves contusões, mas Akulina e Ivan Perderam realmente a consciência. Quando a recobraram, escutaram muito barulho e viram a floresta à volta em chamas, e grande parte dela devastada.

Estava sentado na entrada da casa na estação comercial de Vanovara na hora do café da manhã e olhando na direção norte. Tinha acabado de levantar o machado para segurar um barril, quando de repente o céu foi partido em dois, e bem acima da floresta, toda a parte norte do céu parecia coberta de fogo. Naquele instante senti muito calor como se minha camisa estivesse pegando fogo... Tive vontade de tirá-la e jogá-la fora, mas então houve uma explosão no céu e escutamos um tremendo estampido. Fui atirado ao solo a três sagenas de distância da entrada e por um momento perdi a consciência. Minha mulher me pegou e colocou-me dentro da cabana. O estampido foi seguido de um barulho como o de pedras caindo do céu, ou revólveres atirando. Naquele momento, quando o céu abriu, um vento quente, como o proveniente de um canhão, passou pelas cabanas vindo do norte e deixou sua marca no chão.

Quando sentei para tomar meu café da manhã ao lado do arado, escutei estampidos, como os de uma arma. Meu cavalo caiu de joelhos. Do lado norte acima da floresta subiu uma chama... Então vi que a floresta de abeto tinha vergado pelo vento e pensei em um furacão. Agarrei-me ao arado com ambas as mãos para que não fosse levado. O vento era tão forte que carregava a terra da superfície do solo, e então o furacão despejou uma parede de água sobre Angara. Vi com clareza, pois a minha terra é uma colina.

O estrondo assustou tanto os cavalos que alguns galoparam em pânico, arrastando os arados em direções diferentes, e outros caíram.

Os carpinteiros, após o primeiro e segundo estrondos, ficaram estupefatos, e quando houve o terceiro, eles caíram sobre as aparas de madeira. Alguns estavam tão atordoados e aterrorizados que tive que tranquilizá-los. Todos abandonamos os trabalhos e fomos para a vila. Lá, multidões inteiras de habitantes locais estavam nas ruas, aterrorizados e comentando o fenômeno.

Eu estava nos campos... e tinha acabado de pegar um cavalo para atrelar e pegava outro, quando de repente ouvi o que me pareceu como um único tiro à direita. Imediatamente virei e vi um objeto flamejante alongado atravessando o céu. A parte da frente era muito mais larga do que o final da cauda, e sua cor, a do fogo à luz do dia. Era muito maior do que o Sol, mas menos brilhante, de modo que era possível olhar para ele a olho nu. Atrás das chamas havia algo que parecia poeira. Estava enroscada em pequenas lufadas... e eram deixadas faixas azuis atrás das chamas. Logo que a chama desapareceu, ouviram-se explosões mais altas do que as provocadas por armas, sentimos o solo tremer, e os vidros das janelas se despedaçaram.
O evento ocorrido em Tunguska, segundo alguns cientistas, pode ter sido algum fragmento de antimatéria destruído em energia ao se deslocar na atmosfera da Terra lançando raios gama.

O que contradiz esta teoria é a ausência de radioatividade residual em quantidade significativa.

Alguns físicos postulam a passagem de um minúsculo buraco negro pela Terra, porém não existem registros de ondas de choque provenientes do Atlântico Norte.

Existem relatos de pessoas que viram bolas de luz e cilindros cruzando os céus naquele dia, levando a especulação de ufólogos a respeito de ter sido a explosão de um UFO.

Pode-se dizer que existe uma unaminidade no evento: "a gigantesca explosão seguida de uma monumental onda de choque e incêndio na floresta."

Também não existem vestígios de cratera de impacto na região.
Segundo muitos cientistas, a única explicação aceitável é a provável queda de um pedaço de cometa atingindo uma velocidade de entrada em torno de trinta quilômetros por segundo. Pode-se aceitar que seu tamanho poderia ter algo em torno de cem metros de comprimento, pesando cerca de um milhão de toneladas.

Os indícios encontrados por Emlen V. Sobotovich levam a crer que realmente o evento de Tunguska foi a queda de um pequeno cometa.

Os cometas são formados principalmente de gelo de metano (CH4), gelo de amônia (NH3), e gelo de água (H2O). Entrando na atmosfera da Terra com uma velocidade de 30 km por segundo, um objeto deste produzirá uma enorme bola de fogo que irradiará muita luz e energia, causará uma onda de vento de grande intensidade e temperatura que queimará instantaneamente árvores e o que estiver em seu caminho.

Causará uma onda de impacto que será sentida em todo o planeta e não fará cratera alguma. Pois se atingir a superfície da Terra, apesar do impacto, a massa será aparentemente líquida. Porém haverá indícios cometários espalhados pela superfície na forma de micro-diamantes.

Estes diamantes são formados pela enorme pressão e temperatura no momento de reentrada e no impacto com a superfície. A matéria prima é o carbono do metano do próprio cometa que se aquece rapidamente e não se dispersa, ao contrário do hidrogênio. Foram estes minúsculos diamantes que Emlen V. Sobotovich encontrou na região do suposto impacto cometário.
Estudiosos têm encontrado freqüentemente micro-diamantes em regiões impactadas por meteoritos que provavelmente se formaram em interiores cometários e sobreviveram à entrada na atmosfera.
Estas descobertas tem grande probabilidade de demonstrar a teoria de que foi uma impactação cometária que causou o evento de Tunguska.

Fonte;http://pt.wikipedia.org/wiki/Evento_de_Tunguska/Rafael Calsaverini