quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dor,Amor e luz!?

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz!

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções ir-realizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar!
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro esta sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimenta

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida esta no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável! O sofrimento é opcional!

Fonte;
E-mail enviado para mim por L.L

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Calendário Maia

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua original.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas políticas e religiosas da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses no Planeta Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
A economia era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação do solo eram muito avançadas para a época. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império. Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço arquitetônico. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
O Calendário Maia é um sistema de calendários e almanaques distintos usados pela civilização maia da mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas nos planaltos da Guatemala.
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos posteriores, mais extensivos. A essência do sistema de calendários Maia é baseado em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Ele tem em comum muitos aspectos com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os Zapotecas, e Olmecas, e algumas civilizações contemporâneas ou antigas, como os Mixtecas e o calendário asteca. Apesar dos calendários mesoamericanos terem origem com os maias, suas extensões e refinamentos subsequentes foram os mais sofisticados. Junto com os dos Astecas, os calendários maias são os melhores documentados e melhor compreendidos. Pela tradição da mitologia maia, como documentado nos registros colonais Yucatecas e reconstruídos de inscrições do Clássico Posterior e Posclássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários ao ancestral Maia, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia.
O mais importante dos calendários é o com período de 260 dias. Este calendário de 260 dias era prevalente em todas as sociedades mesoamericanas, e é de grande antiguidade (quase certamente o mais velho dos calendários). Ainda está em uso em algumas regiões de Oaxaca, e pelas comunidades maias dos planaltos da Guatemala.
Descendentes dos Maias

A versão maia é conhecida pelos estudiosos como Tzolkin, ou Tzolk'in na ortografia revisada da Academia de las Lenguas Mayas de Guatemala. O Tzolk'in é combinado com outro calendário de 365 dias (conhecido como Haab, ou Haab'), para formar um ciclo sincronizado durando 52 Haabs, chamado de Ciclo do Calendário. Ciclos menores de 13 dias (a trecena) e 20 dias (a veintena) foram componentes importantes dos ciclos Tzolk'in e Haab', respectivamente.
Uma forma diferente de calendário era usada para manter registros de longos períodos de tempo, e para a inscrição da data de calendário (identificando quando um evento aconteceu em relação a outros). Esta forma, conhecida como Calendário de Contagem Longa Mesoamericano ou Contagem Longa, é baseada no número de dias passados desde um ponto de início mítico.

De acordo com a correlação entre a Contagem Longa e os calendários ocidentais aceita pela grande maioria dos pesquisadores maias (conhecida como a correlação GMT), este ponto de início é equivalente ao dia 11 de agosto de 3114 a.C. no calendário Gregoriano, ou 6 de setembro no calendário juliano(-3113 astronômico). A correlação Goodman-Martinez-Thompson foi escolhida por Thompson em 1935 baseado em correlações anteriores de Joseph Goodman em 1905 (11 de agosto), Juan Martínez Hernández em 1926 (12 de agosto), e John Eric Sydney Thompson em 1927 (13 de agosto).

Pela sua natureza linear, a Contagem Longa era capaz de ser estendida para se referir a qualquer data no futuro ou passado distante. Este calendário envolvia o uso de um sistema de notação posicional, em que cada posição significava um múltiplo cada vez maior do número de dias. O sistema numérico Maia era essencialmente vigesimal (ou seja, tinha base numérica 20), e cada unidade de uma dada posição representava 20 vezes a unidade na posição que a precede. Uma exceção importante foi feita no valor de segunda ordem, que em vez disto representava 18 × 20, ou 360 dias, mais próximo do ano solar do que seriam 20 × 20 = 400 dias.

Deve-se notar entretanto que os ciclos da Contagem Longa eram independentes do ano solar.
Muitas inscrições da Contagem Longa Maia são suplementadas com uma Série Lunar, que fornece informações sobre a fase lunar e posição da Lua em umciclo semi-anual de lunações.
Um ciclo de 584 dias, de Vênus, também era mantido, que registrava os nascimentos heliacais de Vênus como estrela da manhã ou da tarde. Muitos eventos neste ciclo eram vistos como sendo astrologicamente inauspiciosos e fatais, e ocasionalmente as guerras eram iniciadas de forma a coincidir com estágios deste ciclo.
Outros ciclos, combinações e progressões de calendários menos prevalentes ou mal-compreendidos, também eram seguidos. Uma contagem de 819 dias aparece em algumas poucas inscrições. Conjuntos repetitivos de intervalos de 9 e 13 dias associados com diferentes grupos de deidades, animais e outros conceitos significantes também são conhecidos.
Nos países que usam o sistema cronológico ocidental, o tempo é regulado pelo calendário Gregoriano, estabelecido pelo Papa Gregório XIII em 1582 e que foi adotado aos poucos em todo no mundo católico-cristão. Em resposta à a gradual perda de prestígio secular da Igreja de Roma (influência do Vaticano no mundo) e com a valorização das culturas regionais, outros calendários ganharam visibilidade. Hoje, fala-se muito no calendário do Islã (mês de Ramadã), no ano judaico e, desde o início do terceiro milênio, tem crescido o interesse pelo místico exotismo do "Calendário Maia" segundo o qual, o "Fim dos Tempos" virá com dia e hora marcados: 21 de dezembro de 2012.Lundgold explica que o calendário maia, chamado Haab identifica os chamados "ciclos de criação e destruição". Os maias entendiam que as coisas se repetem ciclicamente em todas as esferas do ser, seja o universo inteiro, seja uma civilização, um planeta ou a vida de um indivíduo. [A sabedoria também se repete: na Bília, no livro atribuído a Salomão, esse idéia aparece em palavras claras.]. Considerando que o desenrolar dos acontecimentos estão submetidos a ciclos, seria possível, a partir do estudo de fatos passados desenvolver, matematicamente, um diagnóstico para os tempos futuros.O Haab - o ano maia - compreendia dois períodos: o Tun ou Tzolkin, com 360 dias divididos em 18 meses de 20 dias; e o período de Xma Kaba Kin, de 5 dias, considerados azarados. O dia nº 0 da Era atual é situado em 3.113 a.C., quando Vênus desaparece no oeste enquanto as Pleiades nascem no leste fechando um ciclo de 5.125 anos, em 21 de dezembro de 2012.

Fim do Mundo

Fonte;portal maya,google Brasil

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As 20 maiores personalidades da História(Michael H. Hart.)

O livro foi publicado novamente em 1992 com muitas revisões importantes e significativas na listagem de pessoas e na classificação relativa entre elas.
O que mais surpreendeu algumas pessoas foi o fato que o autor decidiu posicionar Maomé (Muhammad) antes de Jesus Cristo e Moisés mesmo se for considerado que o Islamismo não é a maior religião do mundo, sendo uma crença de área muito distante da pátria do autor. Hart justifica essa escolha ao fato de Maomé ter tido sucesso nos campos da Religião e da Política. Maomé, conforme Hart, influenciou muito o crescimento e a expansão da fé islâmica, muito mais do que Jesus fez pelo Cristianismo. Para Hart quem disseminou a fé cristã foi São Paulo.

Segundo o autor, os 20 mais influentes da História são:Posição,Nome e Influência

1
Maomé
Religião
2
Isaac Newton
Física, Ciência
3
Jesus Cristo
Religião 4
Buda
Religião
5
Confúcio
Religião, Filosofia

6
São Paulo
Religião
7
Ts'ai Lun
Invenção do papel
8
Johannes Gutenberg
Invenção da prensa
9
Cristóvão Colombo
Descoberta da América
10
Albert Einstein
Física moderna

11
Louis Pasteur
Medicina 12
Galileu Galilei
Astronomia 13
Aristóteles
Filosofia (Grécia) 14
Euclides
Matemática (Grécia)
15
Moisés
Religião
16
Charles Darwin
Cientista, Biologia

17
Shih Huang Ti
1º Imperador da China

18
Augusto César
Imperador de Roma

19
Nicolau Copérnico
Astronomia 20
Lavoisier
Química, Física

sábado, 17 de outubro de 2009

Charles Robert Darwin

Charles R,Darwin(Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809 — Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.

Charles Darwin nasceu na casa da sua família em Shrewsbury, Shropshire, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809. Ele foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin.
Seu avô paterno foi Erasmus Darwin e seu avô materno, o famoso ceramista Josiah Wedgwood, ambos pertencentes à proeminente e abastada família Darwin-Wedgwood e à elite intelectual da época.
Embora vários membros da família de Darwin fossem pensadores livres, abertamente lhes faltando crenças religiosas convencionais, ele inicialmente não duvidava da verdade literal da Bíblia. Ele freqüentava uma escola da igreja da Inglaterra e, mais tarde, em Cambridge, estudou teologia Anglicana. Nesta época, ele estava plenamente convencido do argumento de William Paley de que o projeto perfeito da natureza era uma prova inequívoca da existência de Deus. Contudo, as suas crenças começaram a mudar durante a sua viagem no Beagle. Para ele, a visão de uma vespa paralisando uma larva de borboleta para que esta servisse de alimento vivo para seus ovos parecia contradizer a visão de Paley de projeto benevolente ou harmonioso da natureza. Enquanto abordo do Beagle, Darwin era bastante ortodoxo e poderia citar a Bíblia como uma autoridade moral. Apesar disso, ele via as histórias no velho testamento como falsas e improváveis.
Sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury.
Ali, ele só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos.
Em 1825, depois de passar o verão como médico aprendiz ajudando o seu pai no tratamento dos pobres de Shropshire, Darwin foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo. Contudo, sua aversão à brutalidade da cirurgia da época levou-o a negligenciar os seus estudos médicos. Na universidade, ele aprendeu taxidermia com John Edmonstone, um ex-escravo negro, que lhe contava muitas histórias interessantes sobre as florestas tropicais na América do Sul.
Em seu segundo ano, Darwin se tornou um ativo participante de sociedades estudantis para naturalistas. Participou, por exemplo, da Sociedade Pliniana, onde se liam comunicações sobre história natural. Durante esta época, ele foi pupilo de Robert Edmund Grant, um pioneiro no desenvolvimento das teorias de Jean-Baptiste Lamarck e do seu avô Erasmus Darwin sobre a evolução de características adquiridas.
Darwin tomou parte das investigações de Grant a respeito do ciclo de vida de animais marinhos. Tais investigações contribuíram para a formulação da teoria de que todos os animais possuem órgãos similares e diferem apenas em complexidade. No curso de história natural de Robert Jameson, ele aprendeu sobre geologia estratigráfica. Mais tarde, ele foi treinado na classificação de plantas enquanto ajudava nos trabalhos com as grandes coleções do Museu da Universidade de Edimburgo.
Em 1827, seu pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, matriculou-o em um curso de Bacharelado em Artes na Universidade de Cambridge para que ele se tornasse um clérigo.

Nesta época, clérigos tinham uma renda que lhes permitia uma vida confortável e muitos eram naturalistas uma vez que, para eles, "explorar as maravilhas da criação de Deus" era uma de suas obrigações. Em Cambridge, entretanto, Darwin preferia cavalgar e atirar a ficar estudando. Ele também passava muito do seu tempo coletando besouros com o seu primo William Darwin Fox.
Este o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros que, mais tarde, viria a se tornar o seu tutor. Darwin ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos favoritos. Durante esta época, Darwin se interessou pelas idéias de William Paley, em particular, a noção de projeto divino na natureza.

Em suas provas finais em janeiro de 1831, ele se saiu muito bem em teologia e, mesmo tendo feito apenas o suficiente para passar no estudo de clássicos, matemática e física, foi o décimo colocado entre 178 aprovados.
Seguindo os conselhos e exemplo de Henslow, Darwin não se apressou em ser ordenado. Inspirado pela narrativa de Alexander von Humboldt, ele planejou se juntar a alguns colegas e visitar a Tenerife para estudar história natural dos trópicos. Como preparação, Darwin ingressou no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino, e viajou com ele como um assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Contudo, seus planos de viagem à Ilha da Madeira foram subitamente desfeitos ao receber uma carta que lhe informava a morte de um dos seus prováveis colegas de viagem. Outra carta, entretanto, recebida ao retornar para casa, o colocaria novamente em viagem. Henslow havia recomendado que Darwin fosse o acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, em uma expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul.
Isto lhe daria a oportunidade de desenvolver a sua carreira como naturalista. Esta se tornaria uma expedição de quase cinco anos que teria profundo impacto em muitas áreas da Ciência.
A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme.
Ele estudou uma rica variedade de características geológicas, fóssei, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Darwin coletou metodicamente um enorme número de espécimes, muitos dos quais novos para a ciência. Isto estabeleceu a sua reputação como um naturalista e fez dele um dos precursores do campo da Ecologia, particularmente a noção de Biocenose. Suas anotações detalhadas mostravam seu dom para a teorização e formaram a base para seus trabalhos posteriores, bem como forneceram visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões que ele visitou.
A bordo do barco, Darwin sofria constantemente de enjôo. Em outubro de 1833 ele pegou uma febre na Argentina e em julho de 1834, enquanto retornando dos Andes a Valparaíso, adoeceu e ficou um mês de cama. De 1837 em diante, Darwin passou a sofrer repetidamente de dores estomacais, vômitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas. Estes sintomas se agravavam particularmente em épocas de estresse, tais como quando tinha de lidar com as controvérsias relacionadas à sua teoria. A causa da doença de Darwin foi desconhecida durante a sua vida e tentativas de tratamento tiveram pouco sucesso. Uma idéia esposada por Kettlewell e Julian Huxley, no início da década de 1960, defende que ele contraiu a Doença de Chagas ao ser picado por um inseto na América do Sul. No entanto, os autores reconhecem que especialistas nessa doença indicam que não há concordância dos sintomas de Darwin com os da doença. Outras possíveis causas incluem problemas psicológicos e a doença de Ménière.

Em seus últimos anos de vida, quando perguntado sobre a visão que tinha a respeito da religião, ele escreveu que nunca tinha sido um ateu no sentido de negar a existência de Deus e, portanto, se descreveria mais corretamente como um agnóstico.(A morte da filha de Darwin, Annie, em 1851 foi o evento que minou definitivamente a crença de Darwin em um Deus benevolente)

Darwin morreu em Downe, Kent, Inglaterra, em 19 de abril de 1882. Ele deveria ter sido enterrado no jardim da igreja de St Mary em Downe, mas atendendo ao pedido de seus colegas cientistas, William Spottiswoode (Presidente da Royal Society) cuidou para que ele tivesse um funeral de estado e Darwin foi enterrado na abadia de Westminster próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton.
Fonte;Wikipédia livre

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Internacionalização da Amazônia (Cristovam Buarque)

Durante um debate em uma Universidade, nos Estados Unidos em 2001, Buarque foi questionado por um estudante — que disse solicitar a resposta de um humanista e não de um brasileiro — acerca da internacionalização da Amazônia. Sua resposta, brilhante, foi dada de improviso.
Posteriormente Buarque escreveu-a, sob a forma de um artigo.
"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate recente, nos Estados Unidos.

O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.

Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.
De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.
Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.
O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.
Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre.
Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.
Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
(frase bastante difundida na Ditadura Militar)

Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

Cristovam Buarque nascido em Pernambuco é engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1966, e doutor em Economia pela Sorbonne, Paris, em 1973. Entre 1973 e 1979, trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, e desde 1979 é professor da Universidade de Brasília, da qual foi reitor de 1985 a 1989. Entre 1995 e 1998 governou o Distrito Federal e em 2002 elegeu-se senador pelo Distrito Federal. Assumiu o Ministério da Educação (MEC) em janeiro de 2003 e permaneceu no cargo até janeiro de 2004. É membro do Instituto de Educação da Unesco.

Fonte;http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u44399.shtml

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Destruidores de Futuros


Fernando Collor de Melo(1990-1992) foi o primeiro presidente brasileiro a adotar as privatizações como parte de seu programa econômico, ao instituir o PND – Programa Nacional de Desestatização pela Lei nº 8.031, de 1990. No entanto, das 68 empresas incluídas no programa, apenas 18 foram efetivamente privatizadas,





Fernando Henrique Cardoso(1995-2002),Com a criação do Conselho Nacional de Desestatização, adotando algumas recomendações, então em vigor, do Consenso de Washington e do FMI deixou claro seu propósito de implementar um amplo programa de privatizações.Ao longo dos oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso, as privatizações lograram atingir a receita total de 78,61 bilhões de dólares, sendo 95% em moeda corrente (nessa percentagem estão incluídos os financiamentos concedidos pelo BNDES), e com grande participação dos investidores estrangeiros, que contribuíram com 53% do total arrecadado. Deste total, 22,23 bilhões de dólares referem-se à privatização do setor elétrico e, 29,81 bilhões de dólares à do setor de telecomunicações.



O governo Lula foi responsável pela privatização de cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais, que foram a leilão em 9 de outubro de 2007 O grande vencedor do leilão para explorar por 25 anos pedágios nas rodovias foi o grupo espanhol OHL.


Enquanto a quase totalidade dos economistas neoliberais e os defensores do fundamentalismo de livre mercado apoiava a concepção do projeto de desestatização, vários economistas de outras escolas de pensamento econômico, vários partidos de oposição, sindicatos trabalhistas e suas respectivas centrais sindicais, bem como muitos juristas e outros setores representativos da sociedade civil manifestaram-se contrários ao processo de privatização tal como fora anunciado; tentaram, sem sucesso, inviabilizá-lo por meio de manifestações e medidas judiciais. Os leilões de privatização, que foram públicos, se realizaram na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e foram objeto de violentos protestos de militantes esquerdistas.
Um evento que parece corroborar a tese de falta de lisura desses leilões seria o da privatização da Eletropaulo. No caso, a licitante - a AES americana - que estava em situação pré-falimentar no seu país de origem, obteve a liberação de um financiamento do BNDES no valor de 100% da aquisição. Como a empresa privada americana AES, que adquiriu o controle da Eletropaulo, não pagou nem a primeira parcela do financiamento, o BNDES, uma empresa pública brasileira, viu-se obrigada, pela legislação bancária vigente, a lançar em "provisão para devedores duvidosos" (prejuízo), no primeiro trimestre de 2003, a importância correspondente a 100% do valor que havia emprestado à AES. Isso gerou um prejuízo recorde de R$ 2,4 bilhões ao BNDES naquele trimestre. Desta forma sofisticada e de difícil compreensão para a maioria da população brasileira, especuladores internacionais, sem desembolsar um único dólar, operaram a "transferência dos recursos públicos para a propriedade privada de grupos privilegiados sob um aparente manto de legalidade" como bem descreveu Stiglitz. Com isso, o Poder Público não recebeu efetivamente nada pela venda da Eletropaulo: já que o BNDES fornecera todo o aporte necessário para a aquisição da antiga estatal.

Numa segunda etapa, para tentar minorar o enorme prejuízo sofrido pelo banco público, que chegou a ter sua solidez financeira abalada por essa operação de "privatização" da Eletropaulo, seu presidente Carlos Lessa conseguiu obter, após 11 meses de duras negociações, um acordo no qual o BNDES recebeu como dação em pagamento pela dívida da AES "50% menos uma das ações da Eletropaulo" e mais "debentures conversíveis em ações emitidas pela AES, pagáveis em nove anos". Ou seja, o BNDES forneceu a totalidade do dinheiro para a "privatização" e acabou ficando só com metade menos uma das ações da antiga empresa pública. Uma ação criminal foi proposta pelo Ministério Público contra os então administradores do BNDES responsáveis pela operação, tendo sido a denúncia aceita pelo Poder Judiciário
Críticas partiram também de vários economistas e do meio acadêmico que, embora estivessem de acordo com a filosofia do programa, viam nele duas grandes falhas. A primeira era a possibilidade de os eventuais compradores poderem efetuar parte do pagamento com as chamadas "moedas podres", títulos da dívida pública emitidos pelos sucessivos governos com o objetivo de resolver crises financeiras e que, ao se tornarem inegociáveis, pressionavam o déficit público. Criticava-se não só a possibilidade de esses títulos serem aceitos, mas que o fossem pelo seu valor de face, quando seu valor de mercado era nulo ou quase nulo; isso deu um "windfall gain" considerável a seus detentores..




A segunda falha, na visão dos críticos, era permitir, tal como no caso da Eletropaulo acima citado, que o BNDES financiasse parte do preço de compra (no caso da Eletropaulo o aporte foi de 100% e a compradora, a AES, não teria pago em dia nem a primeira prestação). Ou seja, recursos públicos em tais casos seriam indevidamente utilizados na compra do patrimônio público por empresas privadas, o que se configuraria em uma indevida "apropriação" do patrimônio da nação por grupos privados privilegiados. O acesso ao crédito seria assegurado inclusive aos compradores estrangeiros, teoricamente em desacordo com a tradição seguida, até então, pelo banco nacional de fomento.
O resultado final das privatizações revelou um aspecto peculiar do programa brasileiro: algumas aquisições somente foram feitas porque contaram com a participação financeira dos fundos de pensão das próprias empresas estatais (como no caso da Vale) ou da participação de empresas estatais de países europeus; o controle acionário da Light Rio, por exemplo foi adquirido pela empresa estatal de energia elétrica da França.



Segundo a pesquisa a rejeição à privatização não tem razão partidária ou ideológica: ela atinge por igual as privatizações feitas no governo FHC, no governo Lula ou em diversos governos estaduais e municipais. Enquanto 55% acharam que o governo FHC fez mal em privatizar a telefonia, apenas 33% disseram que fez bem. Em nenhuma região a maioria da população aprova a privatização. O Nordeste registra a maior taxa de rejeição (73%), enquanto o Norte e o Centro-Oeste registram a menor (51%).
A maioria absoluta da população condena uma hipotética privatização do Bando do Brasil (77%), Caixa Economica Federal (78%) ou da Petrobrás (78%).


Fonte;http://pt.wikipedia.org

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lilith

Lilith (לילית em hebraico) é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.
Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.
Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio.
Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como coruja, na famosa tradução inglesa da bíblia, na Bíblia KJV ou King James Version. Ali está escrito, em Isaías 34:14 que ... the screech owl also shall rest there. É preciso salientar, comparativamente, que na renomada versão em língua portuguesa da bíblia, isto é, na tradução de João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que ... os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja[1], como é freqüentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).
Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas. A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que viam Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas, Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por um súcubus dificilmente um homem saía com vida.
Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aberto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com a vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.
Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relevo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual.
Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.

Quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892

Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith .

3 perguntas básicas;

quem não cometeria adultério com lilith?

o que seria na verdade o fruto proibido?

Quem não deixaria Lilith ficar por cima,se mantendo o ativo?

você não comeria a "maça"?

Fonte;http://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Seppuku ou Harakiri (Código de Honra do Samurai)




Harakiri é um dos mais intrigantes e fascinantes aspectos do código de honra do samurai: consiste na obrigação ou dever do samurai de suicidar-se em determinadas situações, ou quando julga ter perdido a sua honra. Significa literalmente "corte estomacal". Várias circunstâncias podiam levar o samurai a praticar o harakiri.
Entre elas:- Como castigo e forma de recuperar a sua honra pessoal, uma vez que esta foi perdida em alguma atitude indigna do nome de sua família e de seus ancestrais; - A fim de evitar ser prisioneiro em campos de batalha, pois era considerado imensa desonra entre os samurais se render ao adversário; assim, eles preferiam renunciar à vida do que entregar-se a mãos inimigas. Além disso, a rendição também não era uma boa escolha, pois os presos eram quase sempre torturados e maltratados; - Em um ato de pura lealdade, o samurai chega a se matar para chamar a atenção de seu senhor (daimiô) a algo de errado que ele venha fazendo, advertendo-o. Alguns samurais também se suicidavam ao ver o declínio dos seus senhores, ou mesmo quando estes morriam, como forma de acompanhá-los eternamente e seguir o preceito de que um samurai não serve a mais de um daimiô em sua vida.


O ritual do harakiri era praticado da seguinte forma:
O samurai banhava-se, de forma a purificar o seu corpo e a sua alma e dirigia-se ao local de execução, onde se sentava à maneira oriental. Pegava então sua espada curta (wakizashi), ou um punhal afiado e enfiava a arma no lado esquerdo do abdômen, cortando a região central do corpo e terminava por puxar a lâmina para cima. Era importante o corte ser no abdômen, pois era considerado o centro do corpo, das emoções e do espírito para o povo japonês.
Assim, o samurai estaria literalmente cortando a sua "alma".
Importante também era para o samurai escrever um poema de morte, que era uma pequena composição poética onde o guerreiro deixava registradas as suas últimas impressões do mundo, algum desejo oculto ou simplesmente uma despedida formal.
A morte por evisceração era lenta e dolorosa, e podia levar horas. Apesar disso, o samurai devia mostrar absoluto controle de si mesmo, não podendo dar sinais de dor ou medo.
Ao lado do suicida ficava um amigo ou parente, o kaishakunin, que portava uma espada. Era uma espécie de assistente do ritual; se o samurai demonstrava não estar mais suportando a dor, o kaishakunin dava-lhe o golpe de misericórdia, decepando sua cabeça.

Seria considerada imensa falta de respeito se a cabeça do samurai rolasse diante de seus parentes, que geralmente também assistiam à execução. Por causa disso o kaishakunin devia acertar o pescoço do samurai de modo a deixar a sua cabeça pendendo, para que esta não fosse degolada. Assim, o kaishakunin devia ser um exímio espadachim, pois não poderia falhar em sua atuação. Era uma função considerada honrosa.
Tornou-se costume entre as famílias de samurais ensinar o filho homem, na véspera de ingressar na vida adulta, o modo exato de se praticar o seppuku.
Nem sempre o ritual era seguido à risca com todos os seus detalhes. Em alguns casos extremos como em campos de batalha, onde não havia tempo para tais preparos, o samurai abandonava a vida apenas enfiando a espada em sua barriga.
O primeiro harakiri registrado na história data de 1170, quando Minamoto Tametomo, figura quase lendária do clã Minamoto, suicida-se após perder uma batalha contra o também famoso clã dos Taira.
O suicídio ritual tinha grande significado para o povo japonês. Vencendo o medo da morte, o samurai vencia também esse grande enigma da humanidade e destacava-se então das outras classes existentes na época.

Visto por alguns japoneses como a melhor forma de se recuperar a honra perdida. Daí se explica o constante suicídio de empresários falidos, estudantes que não conseguiram bons resultados, etc...

Carta de um Kamikaze(Okabe Hirabazau)


"Eis-me finalmente incorporado às Unidades Especiais.
Os 30 dias que restam vão ser minha verdadeira vida.
Chegou a hora. O treinamento para a morte me espera: um aprendizado intenso para morrer com beleza.
Parto para o combate contemplando a imagem trágica da pátria.
Sou um homem entre outros. Nem bom nem mau. Nem sou superior nem sou um imbecil. Sou decididamente um homem."
(22 de fevereiro de 1945, é a última mensagem do piloto japonês Okabe Hirabazau para sua família. Dias depois ele morreria, aos 24 anos, em um ataque aéreo suicida às Filipinas realizado pela Marinha do Japão.)

Recanto dos Suicidas

O lugar mais assustador do mundo se chama Aokigahara e fica no Japão, ao pé do monte Fuji. É um bosque tão fechado que, quando o sol brilha sobre ele, a luz penetra pelos vãos entre as copas das árvores e forma pilares de luz. Tem aspecto fantasmagórico. Depois de um tempo caminhando, as árvores se fecham de tal maneira que é impossível ouvir algo além dos sons que a natureza faz. O solo é escuro, formado por rochas vulcânicas e frias. Essas mesmas rochas formam cavernas cheias de gelo que não derretem nem durante o verão. Digamos que você não saiba da reputação de Aokigahara e resolva fazer um passeio. Logo nos primeiros passos, ao notar placas que dizem “por favor, reconsidere” ou “antes de decidir morrer, consulte a polícia”, você vai perceber por que o escritor Wataru Tsurumui definiu o bosque como “o lugar perfeito para morrer”em seu livro “The Complete Manual of Suicide”.

Anualmente, cerca de 70 pessoas vão para Akigahara e nunca mais voltam. A forma mais comum de suicídio é por enforcamento. Isso não é de hoje. Existem registros de que, por volta de 1830, quando o Japão passava por um gigantesco perrengue econômico, as famílias de camponeses famintos abandonavam bebês e idosos inválidos no bosque para que eles morressem e, assim, diminuísse o número de bocas para alimentar. Há pelo menos duzentos anos Aokigahara carrega a fama de abrigar os yurei – como são chamadas as almas penadas de gente que partiu antes da hora. Estudiosos em manifestações paranormais dizem que as árvores do bosque dos suicidas têm energia maligna por causa do número de suicídios e, por causa disso, não querem que as pessoas deixem o bosque.


Nesse lugar macabro alguns profissionais trabalham apenas para buscar corpos de suicidas. Pelotões de busca, formados por voluntários e bombeiros, se revezam em turnos e sempre acabam encontrando corpos em diferentes estágios de decomposição. Os cadáveres não estão imunes a animais da área e são encontrados parcialmente devorados por animais. Uma espécie de ritual torna o trabalho mais complicado. Assim que os mortos são trazidos para a base onde ficam os responsáveis por recolher os corpos, eles são levados até uma sala. Nesse ambiente, há duas camas – uma para o cadáver e outra para alguém que dormirá no mesmo lugar. Acredita-se que, se o presunto ficar sozinho nessa noite o yurei vai berrar a noite inteira. Para evitar que isso aconteça, os cata-corpos tiram a sorte no tradicional jan-ken-pon (o nosso joquempô, em seu nome original) para ver quem é que vai dividir o quarto com o defunto. A fama do lugar fez com que a autoridades mudassem a postura. Ao invés enviar gente para buscar os corpos, o governo designa pessoas para ficar alertas ao menor sinal de atividade suspeita e fazer de tudo para evitar o suicídio. O Japão é o país com os mais altos índices de suicídio no mundo e, em números absolutos, Aokigahra só perde para a Golden Gate, conhecida como ponte da morte, em São Francisco (EUA). De acordo com o governo já foram registrados 2.645 casos de suicídio em um ano. Em janeiro deste ano a coisa piorou – houve um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2007. A crise econômica foi apontada como culpada pelo aumento no número de suicídios e o governo acendeu uma luz vermelha. A prioridade agora é controlar a taxa de por meio de programas de conscientização nas escolas e no ambiente de trabalho. A intenção é que, até 2016, esse número seja reduzido em pelo menos 20%. Quanto a Aokigahara, não há muito o que fazer. O próprio status de “bosque dos suicidas” não ajuda em nada. Quando era prefeito de uma das províncias próximas ao bosque, Takatoshi Kobayashi foi citado no jornal japonês Mainichi News, em 2001, dizendo o seguinte: - A gente tem tudo aqui apontando pra nós como um lugar pra morrer. Talvez a gente devesse se promover como “Cidade do Suicídio” e encorajar as pessoas a virem para cá . Claro que isso é uma piada, mas nós temos que fazer alguma coisa para mudar a situação.

FONTE;http://noticias.r7.com/