quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Soldados Estadunidenses
O número de soldados norte-americanos que se suicidaram em 2008 registrou um novo recorde, saltando de 115 em 2007 para 143 em 2008. O aumento tem a ver diretamente com a derrota sofrida pelo imperialismo no Iraque e no Afeganistão, onde o número de deserção e o deficit de recrutamento militar também são cada vez mais altos.
O Exército dos EUA informou que este número aumentou a cada ano no último quadriênio, período em que as guerras sustentadas pelo imperialismo recrudesceram.
"Por que os números continuam aumentando? Não sabemos", disse o secretário do Exército, Pete Geren. Mas os soldados sabem. A resistência dos grupos organizados e o enorme repúdio popular contra a ocupação estrangeira estão derrotando a maior potência militar que a humanidade já viu até hoje. Além disso, esta guerra foi criada pelo imperialismo com base em mentiras e manipulação, sob o pretexto de que o Iraque possuía armas de destruição em massa. No entanto, ambas invasões já estavam previstas muito antes dos atentados de 11 de Setembro.
Os dados divulgados pelos próprios militares revelam que os soldados norte-americanos sofrem quatro vezes mais possibilidades de cometerem suicídios que os jovens da mesma idade que nunca estiveram em guerras. Trata-se da maior taxa de suicídio desde 1980.
"Não há dúvida, para mim, de que o estresse é o fator na tendência que estamos vendo", tenta explicar o general Peter Chiarelli, vice-comandante do Exército (The New York Times, 30/1/2009).
Um estudo independente realizado pela empresa Rand Corp. concluiu que ao menos 300 mil soldados norte-americanos que participaram das guerras do Iraque e do Afeganistão sofrem de sintomas de stress pós-traumático ou depressão, além de metade não receber atenção para este mal.
Segundo as estatísticas do Exército, a maior taxa de suicídio foi registrada entre os fuzileiros navais ou os chamados marines, principal tropa de combate do imperialismo norte-americano, aquela que vai ao front e é formada por negros, latinos e brancos pobres.
Pelo menos 30% dos que se suicidaram no ano passado estavam em missão, enquanto que 75% dos soldados que se suicidaram estavam em combate pela primeira vez.
A guerra do Iraque e do Afeganistão segue o mesmo curso da Guerra do Vietnã. Atualmente, o índice de desertores chega a 1% do total do efetivo. No auge do Vietnã este índice chegou a 3,4%, mas o número de combatentes era muito maior. Chegaram a ter um contingente de 500 mil homens, enquanto que no Iraque, os soldados norte-americanos não passam de 130 mil.
Para tentar resolver este problema vital para a manutenção da ocupação, parlamentares norte-americanos viram nas leis de imigração uma boa oportunidade para suprir o déficit militar e ainda retomar o debate da reforma da imigração.
Um projeto de lei de autoria do democrata senador por Illinois, Richard Durbin, prevê aos imigrantes ilegais que concluíram o ensino médio ou o supletivo a chance de servirem o Exército em troca da cidadania norte-americana.
Da para acredita?!
Fonte;http://www.pco.org.br/
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