domingo, 14 de fevereiro de 2010
Brigadas de Infantaria de Selva.
O Centro de Instrução de Guerra na Selva (C I G S), também conhecida como Centro Coronel Jorge Teixeira, é uma organização militar sediada em Manaus, destinada a qualificar militares líderes de pequenas frações, como guerreiros de selva, combatentes aptos a cumprir missões, de natureza militar, nas áreas mais inóspitas da Floresta Amazônica brasileira. Seu nome é uma homenagem ao precursor do Centro, que se tornaria seu primeiro comandante, mais conhecido como "Teixeirão".
São ministrados Cursos de Operações na Selva, em três categorias diferentes, além dos estágios militares e também para civis. Seu símbolo é a onça-pintada.
Para o melhor desenvolvimento dos trabalhos, o CIGS está estruturado em uma Divisão de Ensino, uma Divisão de Doutrina Pesquisa e Avaliação, Divisão de Alunos, uma Divisão de Veterinária, uma Divisão Administrativa e uma Base Administrativa.
Com o Decreto Presidencial 53.649, de 02 de março de 1964, foi criado o Centro de Instrução de Guerra na Selva, subordinado ao Grupamento de Elementos de Fronteira.
Naquela época, o Exército ressentia-se da falta de uma unidade capaz de especializar militares no combate na selva e de constituir pólo irradiador de doutrina de emprego de tropa nesse complexo ambiente operacional amazônico. Tais fatores, sem dúvida, inspiraram a criação do CIGS, que veio preencher uma lacuna existente no Exército que ainda ocupava de maneira muito modesta esta parte do território nacional de inestimável valor estratégico.
A primeira equipe de instrução era comandada pelo major Jorge Teixeira, também conhecido como "Teixerão".
Em 10 de outubro de 1966, , foi iniciado o primeiro Curso de Guerra na Selva e a primeira turma se formou no dia 19 de novembro de 1966, em solenidade realizada no atual estádio do Colégio Militar de Manaus.
A necessidade sentida pela Força de alterar o perfil dos militares aqui especializados levou a estudos que culminaram por ampliar e alterar a vocação do CIGS, que passou, no período de 1970 a 1978, a designar-se Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos - COSAC.
Em 11 de janeiro de 1978, a Unidade retornou a sua antiga denominação - CIGS -, deixando de especializar os comandos brasileiros, sendo este encargo—retornado à _Brigada_ Pára-quedista, no Rio de Janeiro.
Em 17 de dezembro de 1999, recebeu a denominação histórica "Centro Coronel Jorge Teixeira", em homenagem ao seu primeiro comandante.
A Missão em seu Regulamento (R-16), é especializar oficiais, subtenentes e sargentos para o combate na selva. Missão feita através do COS, ou seja o Curso de operações na Selva:
COS Categoria “A” - Duração aproximada de seis semanas; voltado para oficiais superiores de todos os Comandos Militares de Área. COS Categoria “B” - Duração de dez semanas; voltado para capitães e tenentes das Armas/Quadros/Serviços do Comando Militar da Amazônia, da Marinha, da Aeronáutica e das Nações Amigas. COS Categoria “C” - Duração de dez semanas; para subtenentes e sargentos das Armas/Quadros/Serviços do Comando Militar da Amazônia, da Marinha, da Aeronáutica e das Nações Amigas.
Os estágios oferecidos pelo CIGS destinam-se a: - Militares do Exército, demais Forças Armadas e instituições policiais (vida na selva e operações); - Órgãos civis cujos conhecimentos básicos de vida na selva são imprescindíveis para o desenvolvimento de suas atividades (INPA, Petrobras, IBAMA, Universidade do Amazonas, Corpos de Bombeiros etc.). Para ministrar a devida instrução, o CIGS conta com as seguintes Bases de Instrução (BI) BI 1 – Marechal Rondon BI 2 – Plácido de Castro BI 3 – Lobo D’Almada BI 4 – Pedro Teixeira BI 5 – Ajuricaba BI 6 – BI 7 – Jatuarana
Realizar pesquisa e experimentação doutrinária sobre material de emprego militar e outras áreas de interesse. Missão feita pela divisão de doutrina e pesquisa do CIGS. Isso já resultou em diversas modificações no exército brasileiro, como a atual camuflagem padrão, que foi desenvolvida pelo CIGS, visando o ambiente de selva.
Uma das maiores responsabilidades da Divisão de Doutrina e Pesquisa do CIGS é a avaliação e aperfeiçoamento de armas, visando seu emprego na Guerra de Selva. O ditado sempre lembrado pelos homens do CIGS é o que diz que “A selva não pertence ao mais forte e sim ao mais habilidoso, ao mais resistente e ao mais sóbrio”. Assim, o CIGS tem sido nos últimos anos um dos mais importantes atores no desenvolvimento da chamada “Estratégia de resistência” do Exército Brasileiro, para a eventualidade de um confronto militar entre nossas forças e as de um país ou coligação de países com poderio militar bem superior.
Diversas armas, táticas e equipamentos vêm sendo exaustivamente testados, modificados ou aperfeiçoados pelo EB nos últimos anos, com vistas ao seu emprego na guerra de selva. Muitos são aprovados e muitos são recusados. A constatação de que equipamentos receptores GPS não funcionam corretamente sob a densa cobertura vegetal da floresta, por exemplo, fez com que o Exército restringisse seu uso somente à instrução e a casos nos quais a determinação de coordenadas precisas é imprescindível, como numa evacuação aeromédica. Nesta situação, entretanto, o militar com o receptor seria obrigado a se deslocar até uma clareira ou até a margem de um rio para usar o equipamento. No dia a dia das operações de selva do Exército, o que se usa são as tradicionais cartas e bússolas. Forças excessivamente dependentes de recursos tecnológicos como o GPS poderiam ficar em sérios apuros na Amazônia. No que se refere ao armamento individual do guerreiro de selva, o EB tem, ao mesmo tempo, o problema e a solução. Fuzis de assalto de diversos tipos foram e são avaliados, incluindo armas de alta qualidade, como o fuzil alemão Heckler & Koch HK33 e o norte-americano M16A2, ambos no calibre 5,56mm, e o tradicional FAL do Exército Brasileiro, no calibre 7,62mm. O fuzil padrão das tropas de selva brasileiras é o Pára-FAL, a versão com coronha rebatível, usada também pelas tropas pára-quedistas brasileiras e outras unidades. O Pára-FAL tem se mostrado a arma ideal para emprego na selva por suas características de peso, rusticidade e simplicidade de manuseio. Por outro lado, sua substituição no futuro será, certamente, um sério problema para o Exército. O calibre 5,56mm, usado na maior parte dos modernos fuzis de assalto, é considerado inadequado para o combate de selva, devido ao pequeno peso do projétil e à sua tendência de assumir uma trajetória instável ao colidir com pequenos obstáculos, como folhas e galhos de árvores. Isso acaba retirando do projétil muita energia e, consequentemente, poder de parada (stopping power).
Leis da Guerra na Selva
1. Tenha a iniciativa, pois não receberá ordens para todas as situações. Tenha em vista o objetivo final;
2. Procure a surpresa por todos os modos;
3. Mantenha seu corpo, armamento e equipamento em boas condições;
4. Aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas necessidades;
5. Pense e aja como caçador, não como caça;
6. Combata sempre com inteligência e seja o mais ardiloso.
"TUDO PELA AMAZÔNIA, SELVA!" É um brado que com orgulho é dito pelos guerreiros de selva. O CIGS hoje tem local de destaque no exército brasileiro, é reconhecido no Brasil e no mundo como a melhor em sua função, resultado de um trabalho arduo no que se refere a defesa da floresta amazônica, que cobre grande parte do território nacional.
Fonte;http://www.cigs.ensino.eb.br/
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3 comentários:
sou soldado do 71 bimtz do cmne da far queria fazer o guerra na selva ja to entrando pro terceiro ano de eb
Muito bom o seu post.Postei sobre os herois brasileiros e inclui o CIGS,mas vou falar novamente deles.Pena o nosso exército nao se profissionalizar e ainda ser mediante serviço militar.
Abraçao da Italia.Aqui o pessoal nao respeita muito brasileiro apesar de a FEB ter ajudado a salvar o couro deles.
Druida-blog verdadeiraitalia
Obrigado Verdadeira Itália,sinta-se a vontade no blog..não só para elogiar,mas também para criticar se necessário.
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