O Brasil terá o primeiro centro da América do Sul preparado para desenvolver métodos alternativos para validação de pesquisas que não usam animais em fase de teste. A unidade foi criada a partir de um acordo de cooperação assinado nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a vice-diretora de Pesquisa e Ensino do INCQS, Isabela Delgado, o processo de validação é caro e demorado. Com a criação do centro - que se chamará Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) - será possível validar metodologias de pesquisas que já foram reconhecidas em países da Europa e pelos Estados Unidos, substituindo ou reduzindo o número de animais utilizados em testes sobre a qualidade de vacinas, por exemplo.
"Vamos incorporar essas metodologias por meio de um processo que a gente chama de validação por captura. Vamos avaliar o que já foi validado lá fora e incorporar. Existem situações em que temos as particularidades brasileiras, como controle de qualidade de produtos biológicos, tais como o soro antiofídico. São espécies de serpentes que só existem no Brasil. A gente vai precisar desenvolver metodologias e validar essas metodologias no contexto nacional, que também é uma atribuição do centro, mas a médio prazo", explica.
A pesquisadora afirma que já existem, no Brasil, o processo de desenvolvimento de tecnologias e os grupos que estudam alternativas e a aceitação regulatória desses métodos. "De maneira organizada, vamos trabalhar os dados e organizar grupos de pesquisas para que novas metodologias sejam fomentadas e passem a ser métodos oficiais", disse.
Pelo documento assinado, fica garantida apenas a criação do Bracvam, mas não há qualquer previsão de orçamento inicial, o que impede uma estimativa sobre os primeiros resultados das pesquisas. Ainda assim, Isabela informou que alguns órgãos já sinalizaram apoio ao funcionamento do centro, com recursos financeiros, entre eles o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que deve destinar cerca de R$ 700 mil ao centro.
Fonte;
Noticias Terra
3 comentários:
Realmente é uma noticia boa, mas isso tem um preço, vai dificultar a produção de vacinas e aumentar a ilegalidade tipo animais ilegais usados pra teste, isso que eu acho :)
boa noticia mas isso pode dificultar a produção de vacinas e aumentar o numero de animais ilegais nos testes clandestinos,minha opinião :)
Acredito que a produção de vacinas não esteja associada a forma como se dão as pesquisas, mas a interesse políticos e econômicos, o que por sua vez incorre em investimentos na área. Quanto a ilegalidade, a maioria das proibições de algo que antes era legal decorrem em ações ilegais que devem ser combatidas, mas isto é uma outra questão que não altera a importância da abolição do uso de animais na pesquisa e na educação.
Escrevi um post sobre isso em meu blog: na-beirada.blogspot.com
visitem.
Obrigada pelo espaço,
Juliana.
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