CARACTERÍSTICAS DA PLANTA
Trepadeira de caule espesso e resistente, verde quando jovem, tornando-se escuro posteriormente. Folhas grandes divididas em s lobos com uma leve pilosidade esbranquiçada em sua superfície. Flores creme-esverdeadas e pequenas.
FRUTO
De formato arredondado ou elipsóide, podendo ser branco, verde, amarelo, rosado, vermelho ou azulado de acordo com a variedade. Polpa aquosa que pode envolver até 4 sementes de coloração escura. Frutifica de outubro a fevereiro.
CULTIVO
Preferem climas secos com temperatura em torno de 220C, e adapta-se a diversos tipos de solos, com exceção dos úmidos e mal drenados, porém devem ser ricos em matéria orgânica. O solo tem grande influência sobre a qualidade da uva e do vinho. Seu cultivo é por alporque e enxertia.
A videira é uma das plantas frutíferas mais conhecidas desde a Antiguidade, podendo ser encontrada em fósseis de épocas geológicos anteriores mesmo ao aparecimento do homem na Terra.No entanto, a cultura da uva, que é permanente e de longa duração - alguns vinhedos chegam a durar até 150 anos de idade - só se tornou possível no seio das comunidades que abandonaram o nomadismo.
Fixo à terra, pouco a pouco, de geração em geração, o homem foi aprimorando as técnicas de cultivo e de processamento da fruta. Pode-se, até mesmo, dizer que a história da uva resume parte da história do homem ocidental.
Primitivamente, a cultura da uva teve apenas um caráter doméstico, desenvolvendo-se para o comércio e para a exportação apenas com o desenvolvimento da navegação no Mar Mediterrâneo.
Segundo conta Pio Corrêa, foi por volta do ano 600 antes de Cristo que o homem aprendeu a podar a videira para obter uma abundante e saborosa carga de frutos, um salto definitivo na melhoria das técnicas de produção da fruta. Diz a lenda, também, que foi um asno e não um homem quem, pela primeira vez, descobriu o poder da poda ao comer os ramos e as folhas verdes de uma videira.
Acredita-se que as uvas originaram-se na Ásia, tendo sido introduzidas na Península Itálica e na Europa pelos povos gregos.
Foram os romanos, por sua vez, que transformaram a viticultura em um comércio lucrativo, enchendo as paisagens mediterrâneas de videiras.As uvas de então, ainda por vários séculos depois disso, destinavam-se, basicamente, à produção de vinho.
Fruta difícil de se transportar e de conservar, exigente de cuidados, o homem logo aprendeu a aproveitar de outras formas os valores e delícias embriagantes da uva.
Por sua alta concentração de açúcares, o processo de fermentação das uvas gera uma bebida excepcional, de teores alcoólicos variáveis, e que passou a ocupar o lugar do mais conhecido, consumido e importante entre todos os vinhos de frutas existentes.
O vinho de uva constitui-se, de fato e desde tempos muito antigos, num produto de enorme significado social e econômico para o homem ocidental.
Nota do Blogueiro;
A partir dos anos 70, o Brasil viveu uma grande transformação em relação à produção de uvas, que se processou quando grandes grupos nacionais e internacionais, através de incentivos governamentais, passaram a investir no desenvolvimento e na instalação de modernos projetos de irrigação ao longo de todo o vale fértil, quente e seco do Rio São Francisco.
Inúmeras agroindústrias produtoras de sucos, de vinhos e de doces foram atraídas para a região do Vale, ampliando ainda mais a oferta de trabalho e alterando profundamente as condições sócio econômicas de toda uma população habituada, há séculos, às dificuldades da caatinga e da seca.
Em poucos anos, a terra do licuri e do mandacaru começou a produzir em abundância frutas de todo tipo, como mamão, abacate, figo, goiaba, maracujá, melão, melancia, carambola, manga, limão, laranja e, é claro, uva.
Fonte;
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/uva/uva.php
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