Ernst Görsch recuperou 500 ha de áreas degradadas na Bahia e defende que ser humano deve cooperar com a natureza.
Há 25 anos, o suíço Ernst Göstch conheceu o cenário de devastação nas florestas no Brasil. Comprou um pedaço de terra no sul da Bahia e resolveu reagir: mudou-se com a família para recuperar 50 hectares degradados pela criação de gado.
Três córregos passavam pela área. Após o processo de recuperação, eles multiplicaram-se: poidia-se contar 17 córregos.
Götsch, biólogo com formção em genética, desde então tornou-se especialista em revegetação: sozinho, ele conseguiu aumentar a fauna da região e tornou a fazenda produtiva.
As técnicas usadas por ele foram mostradas a 180 alunos que lotaram o auditório de Música da UnB.
Para Ernst, o segredo do sucesso desse tipo de empreitada está no respeito à biodiversidade.
“Cada espécie realiza uma tarefa dentro de um contexto maior”, afirma.
Ernst aplica o conceito de agrofloresta no seu trabalho. “A ideia por trás desse conceito é que, ao mesmo tempo em que se recupera uma área degradada, produza-se algo naquele local para consumo próprio ou comercialização”, explica Juã Pereira, do Instituto de Permacultura (Ipoema).
Na opinião do especialista suíço, a demarcação de áreas de proteção ambiental seria desnecessária se esse tipo de modelo fosse amplamente adotado. “É engraçado que uma espécie dentro do planeta precise de áreas de proteção. Acabamos por proteger o ser humano dele mesmo”, disse.
O geneticista defende uma mudança de concepções para garantir a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade. “Se cada espécie realiza uma tarefa, nós precisamos olhar para o espelho e perguntar se estamos cumprindo nossa função”.
Por meio dessa experiência na Bahia, Ernst aprendeu que é preciso cooperar com a natureza ao invés de travar uma briga contra ela. “O macaco-prego, por exemplo, é ótimo em plantar sementes.
Até mesmo o pulgão, que geralmente é considerado uma praga, exerce seu papel”, conta.
Além de trabalhar junto com outras espécies, o especialista recupera áreas degradadas a partir do conhecimento das sucessões ecológicas. “Ele respeita o ciclo que começa apenas com capim e chega a árvores de ciclo longo”, explica Juã.
Ernst realiza palestras e cursos sobre sistemas agroflorestais e já ajudou a aplicar o método em todos os biomas.
Fonte
UNB
Documentário realizado por Felipe Pasini, Ilana Nina e Monica Soffiatti, "Neste Chão Tudo Dá - semeando conhecimento e colhendo resultados"
Um comentário:
super legal , quem tem interesse por biodivercidade faz toda diferença , incrivel q ele multiplicou os corregos num lugar como aquele q so tinha 3 corregos , a mata literalmente eh fundamental em nosso meio , esse suiço ta de parabens trabalho fantastico , e amei as crianças falando os nomes das plantas e empougados com tudo aquilo , antes todas crianças tivessem esse interesse , o mudo seria outro , parabens mais uma vez ao blog , sempre coisas boas e gostosas de ver (Y)
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