A Petrobras completou nesta quarta-feira 59 anos com protesto de trabalhadores contra os leilões de áreas exploratórias em frente à sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro. Sindicalistas são contrários à participação de empresas estrangeiras na exploração dos recursos da União.
O movimento contou com dezenas de representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do sindicato de petroleiros SindiPetro, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) e do Movimento dos Sem Terra (MST).
O secretário-geral do SindiPetro e da FNP Emanuel Cancella diz que há muito a comemorar no aniversário da companhia, como a descoberta do pré-sal e o desenvolvimento de tecnologias brasileiras para extração em águas profundas. No entanto, Cancella critica o fato de o governo ter permitido a participação de empresas estrangeiras em leilão para áreas de exploração no ano que vem. "Leilão é privatização, é a venda de um bilhete premiado", disse.
Para o petroleiro e candidato a prefeito do Rio Fernando Siqueira, o pré-sal é autossustentável e a Petrobras tem capacidade para desenvolvê-lo sem a participação de empresas estrangeiras. Siqueira sustenta que os dois leilões de 2013 foram marcados por conta do lobby do setor empresarial internacional, interessado em garantir acesso a reservas de petróleo. Segundo ele, os recursos do pré-sal podem acabar em 13 anos com a participação de estrangeiros, ou durar 45 anos com a participação apenas de empresas nacionais.
"A Petrobras já tem recursos para os próximos cinco anos. Depois disso, as receitas do próprio pré-sal podem ser reinvestidas. Não se pode sucumbir a pressões para acelerar a exploração", disse.
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Diario do Nordeste
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