segunda-feira, 25 de junho de 2012
Cão de Salvamento
Os cães de salvamento foram utilizados pela primeira vez na Grã-Bretanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Estavam encarregados de localizar as pessoas soterradas por escombros dos edifícios. A sua eficácia foi tão grande que nos anos cinquenta, começaram a ser criadas escolas para formação de cães de salvamento, não só na Inglaterra, como também nos Estados Unidos, Alemanha e Suíça.
As operações de socorro em que os cães intervêm são numerosas, pois a cada ano são registrados um milhão de abalos sísmicos em todo o mundo e aos terremotos acrescentem-se os desabamentos, incêncios, explosões, acidentes em obras de construção, minas ou edifícios.
Pela sua mobilidade e faro, o cão treinado para a busca e salvamento de vítimas complementa o trabalho dos aparelhos de detecção eletrônicos, e muitas vezes, supera-os.
Segundo estudos realizados na Alemanha há alguns anos, eram necessários 20 homens trabalhando durante uma hora para localizar uma pessoa soterrada em grande profundidade. A utilização dos aparelhos geófonos do tipo Capson reduziu consideravelmente esse prazo. No entanto, os aparelhos apenas captam e amplificam os chamados, gemidos ou o bater do coração de vítimas conscientes, enquanto que o cão, graças ao seu olfato priveligiado, pode localizar pessoas mortas ou vivas em meio à fumaça ou ao ruido e mesmo na mais completa escuridão.
Para realizar as tarefas de resgate os cães têm pouco tempo. Uma operação complexa pode levar no máximo 12 dias. Depois desse período considera-se que nenhum ser humano poderia ter chances de sobreviver. No terremoto que abalou o México, para que os cães mantivessem seu aproveitamente sempre em níveis máximos, eles eram colocados para trabalhar em lugares diferentes por 4 horas diárias, em turnos de meia hora.
A raça mais usada para o resgate é, ainda, o pastor alemão, embora cada vez mais sejam adotadas outras raças, como o Pastor Belga, o Boxer, o Dobermann, Labrador, Rottweiler entre tantas outras. A principal característica desejável num cão de resgate é que eles sejam treinados com o maior rigor possível e que realmente GOSTEM de pessoas.
No treinamento procura-se considerar todas as situações difíceis e que podem perturbar os hábitos dos cães e que dificultrem sua capacidade de busca, incluindo aparelhos ruidosos, sirenes, grande movimentação de pessoas, gritos, fumaça, gases e, além disso, exercícios noturnos. Nestes exercícios, os voluntários se escondem por baixo dos mais diversos materiais, ou entre montes de tubos. Mais difícil ainda é, para o cão, o exercício em que tem que desenterrar vítimas soterradas, porque a camada de terra ou lama detém o odor da vítima e dificulta a ação do cão. Outra modalidade de exercício envolve a utilização de geladeiras repletas de carne para comprovar as reações do cão que não deverá ceder à tentação, pois sua função é a de 'salvar' pessoas e não promover 'saques'.
Para que o cão seja motivado para a busca, o dono deve sempre animá-lo e parabenizá-lo após o trabalho concluído e em qualquer circinstância. Normalmente as duplas são formadas por um cão e um condutor e não devem ser desfeitas, porque o cão não vai trabalhar com a mesma eficiência com uma pessoa desconhecida. Porque, por mais treinado que o cão seja, o fator determinante para o seu bom desempenho é, como sempre, a vontade de agradar ao dono.
Os cães são treinados progressivamente e vão adquirindo certificados de eficiência para buscas em locais específicos. Inicialmente os cães recebem a permissão de participar de missões de busca e salvamento de pessoas perdidas em florestas, passando para treinamento em resgate de vítimas em avalanches, busca urbana e, finalmente, aquática. Cada um desses certificados tem ainda 2 níveis de dificuldade.
Fonte;
Dog Times
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