Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
— Velho caixão a carregar destroços —
Levando apenas na tumbas carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Fonte
Livro EU e Outras poesias,Augusto dos Anjos
Acervo pessoal AJS
(Devorador do Pecado)
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Solitário
Postagens Relacionadas
Vítima do dualismo Ser miserável dentre os miseráveis — Carrego em minhas células sombrias Antagonismos irreconciliáveis E as mais opostas idiosincrasias! Muito mais cedo do que o imagináveis Eis-vos, minha alma,
Morre Ariano SuassunaLUTO PERDA IRREPARÁVEL PARA O MUNDO! EM ESPECIAL PARA O BRASIL! JAMAIS NASCERÁ OUTRO ARIANO,E A CADA DIA,ME CONVENÇO CADA VEZ MAIS DISSO. MEU GOSTO PELOS LIVROS TEM ALICERCES EM 4 GRANDES ESCRIT
Apocalipse Minha divinatória Arte ultrapassa os séculos efêmeros e nota Diminuição dinâmica, derrota Na atual força, integérrima, da Massa. É a subversão universal que ameaça A Natureza, e, em noite aziaga
As montanhas I Das nebulosas em que te emaranhas Levanta-te, alma, e dize-me, afinal, Qual é, na natureza espiritual, A significação dessas montanhas! Quem não vê nas graníticas entranhas A subjetividade a
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário