domingo, 21 de junho de 2009

Duas estrofes

DUAS ESTROFES

A queda do teu lírico arrabil
De um sentimento português ignoto
Lembra Lisboa, bela como um brinco,
Que um dia no ano trágico de mil E setecentos e cinqüenta e cinco,
Foi abalada por um terremoto!
A água quieta do Tejo te abençoa.
Tu representas toda essa Lisboa
De glórias quase sobrenaturais,
Apenas com uma diferença triste,
Com a diferença que Lisboa existe
E tu, amigo, não existes mais

Autor
Augusto dos Anjos

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