Que força pode, adstricta a ambriões informes,
Tua garganta estúpida arrancar
Do segredo da célula ovular
Para latir nas solidões enormes?!
Esta obnóxia inconsciência, em que tu dormes,
Suficientíssima é, para provar
A incógnita alma, avoenga e elementar
Dos teus antepassados vermiformes.
Cão! — Alma de inferior rapsodo errante!
Resigna-a, ampara-a, arrima-a, afaga-a, acode-a
A escala dos latidos ancestrais. . .
E irá assim, pelos séculos, adiante,
Latindo a esquisitíssima prosódia
Da angústia hereditária dos seus pais!
Autor
Acervo pessoal do Devorador do Pecado.
Livro EU de 1972.
Autor:Augusto dos Anjos
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Versos a um cão
Postagens Relacionadas
As montanhas I Das nebulosas em que te emaranhas Levanta-te, alma, e dize-me, afinal, Qual é, na natureza espiritual, A significação dessas montanhas! Quem não vê nas graníticas entranhas A subjetividade a
Morre Ariano SuassunaLUTO PERDA IRREPARÁVEL PARA O MUNDO! EM ESPECIAL PARA O BRASIL! JAMAIS NASCERÁ OUTRO ARIANO,E A CADA DIA,ME CONVENÇO CADA VEZ MAIS DISSO. MEU GOSTO PELOS LIVROS TEM ALICERCES EM 4 GRANDES ESCRIT
Shakespeare “Os covardes morrem muitas vezes antes de sua morte; os valentes morrem uma única vez.” Shakespeare Há 399 anos, morria um dos maiores nomes da literatura mundial de todos os tempos.
Versos a um cão Que força pode, adstricta a ambriões informes, Tua garganta estúpida arrancar Do segredo da célula ovular Para latir nas solidões enormes?! Esta obnóxia inconsciência, em que tu dormes, Suficien
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário