quinta-feira, 4 de julho de 2013
Ecos d’Alma
Oh! madrugada de ilusões, santíssima,
Sombra perdida lá do meu Passado,
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado!
Longe das tristes noutes tumulares
Quem me dera viver entre quimeras,
Por entre o resplandor das Primaveeras
Oh! madrugada azul dos meus sonhares;
Mas quando vibrar a última balada
Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça,
Quem me dera morrer então risonho,
Fitando a nebulosa do meu
Sonho E a Via-Láctea da Ilusão que passa!
Fonte
Acervo pessoal do Devorador do Pecado.
Livro EU de 1972.
Autor:Augusto dos Anjos
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